Flashes de um 1 de Maio

Por Vitor Ahagon

 

Em cima da bike, com fones nos ouvidos, saí pra ver o que estava pegando nos atos do 1 de Maio deste ano de 2025. Escutava podcasts sobre os problemas da escala 6×1, pauta central das manifestações.

Saindo da Zona Norte, peguei o corredor Norte-Sul, depois de atravessar a Av. do Estado e pedalar mais um tanto, cheguei na Praça da Sé. Ali estava um grupo pequeno de militantes hasteando bandeiras do PCB, da Palestina e um carro de som do SINSPREV. Ouvi umas falas sobre as pessoas trabalhadoras da saúde e de como seria importante convergir as lutas. Tomei meu rumo e saí em direção à Av. Paulista, passei pela Liberdade e não tinha nada acontecendo por ali…

Cheguei na Praça Oswaldo Cruz. De um lado tinha o POC, do outro o VAT, com faixas, bandeiras, adesivos e panfletos. Ainda estava chegando gente, dessas que apareceram foi a Erica Hilton. Aliás, apesar da pauta estar bem clara para quem estava de fora, ou seja, o fim da escala 6×1, ela estava muito colada às pessoas parlamentares que estavam puxando o ato. Vi uns rostos conhecidos e outros meus conhecidos, meti o pé no pedal e segui no asfalto, sentido MASP.

Flashes de um 1 de Maio

Flashes de um 1 de Maio

No meio do caminho tinha um montinho de gente. Quando cheguei, vi bandeiras da UP e uma da Soberana. Pequeno, compacto, falas. De fora, parecia um ato do partido, mas no final acho que era isso mesmo. Dei mais duas pedaladas e cheguei na FIESP, ali em frente tinha um carro de som enorme com bandeiras do VAT. Provocação? Claro! Quem bom.

Chegando no MASP, esse estava um tanto maior que os outros três que vi. Bandeira de partido só vi uma, do PSTU no carro de som. A maioria era da CSP-CONLUTAS, outros eram OSL, UJC e MRT. Nesse tinha faixas e bandeiras com mais um tanto de outras pautas, fora o fim da escala 6×1 tinha também denúncias de violência policial, críticas ao Tarcísio etc. Fiquei um pouco, conversei com chegados e pensei, “bom, acho que é isso, vou embora”. Antes de ir, fui dar um pulo lá na outra manifestação. Ela já estava marchando e tinha juntado UP, Soberana, VAT, PSOL e vish… mais uma par de outros e outras. Pensei que todas iriam se juntar e virar uma grande sopa de letrinhas, mas no final acabou que cada uma seguiu seu rumo.

Bom, agora sim, fui embora. Continuei na Paulista e chegando na Consolação, vi uma porrada de motos. Esse ato estava grande, motoboys saindo pela culatra. Pouquíssimas bandeiras que não consegui ler porque estava segurando o celular pra fazer uma filmagem. O carro de som lá na frente andando até que rápido, desci pela calçada pra tentar ultrapassar e ver o tanto de motoca que tinha. No final, era um monte mesmo, pessoal feliz, dando tchau pra câmera. Maioria homem, mas tinham as motogirls também. Uma delas carregando uma bandeira com uma outra mina estampada, fiquei curioso pra saber a história, mas já tinha ido.

Flashes de um 1 de Maio

Flashes de um 1 de Maio

No final, tomei meu rumo para casa. Voltando pra Norte, no Campo de Marte, vi que tinha “algum evento”, mas fiquei com preguiça de colar. Queria deixar as outras experiências gravadas por mais tempo.

4 COMENTÁRIOS

  1. Bem legal a proposta e relato. Vou adotar aqui em BH!
    Aqui manifestação da ( real) esquerda – MOB, PSTU, OSL, UP, grupos estudantis diversos, POC etc – para a esquerda ( rs) tava até “cheio”. O do PT incrivelmente flopou. Não sei se é uma característica de BH ou devido a cidade ser menor as manifestação aqui não conseguem ser muito massivas em especial o Dia do Trabalhador. Sampa talvez destaque mais ….

  2. A (real) esquerda… será?

    Para completar, o uso de palavra aportuguesada de origem inglesa. Não existe um termo em português para “flopar”? Existe: fracasso. Chego até a ter a impressão de que flopar deve ser menos deprimente do que fracassar…

    De qualquer forma: um crítico que se expressa acriticamente é um crítico?

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